A vereadora eleita Renata Falzoni (PSB) foi brutalmente arrastada por guardas civis metropolitanos (GCMs) em São Paulo, na última quinta-feira (7/11), enquanto tentava impedir o corte de árvores para a construção de um túnel na Vila Mariana. O incidente ocorreu durante uma manifestação pacífica contra a obra, que já havia removido 15 árvores até o meio da tarde. Falzoni, que estava agarrada a uma das árvores como forma de protesto, foi cercada pelos GCMs e arrastada, sofrendo um estirão na coxa esquerda.

 
A obra da prefeitura, alvo de três inquéritos no Ministério Público de São Paulo (MPSP), enfrenta fortes críticas por seus impactos ambientais e sociais. Além do corte de 172 árvores, o projeto prevê a remoção de dezenas de famílias da comunidade da Rua Souza Ramos. O MPSP investiga a licitação da obra, suspeita de fraude, e também apura a legalidade do corte das árvores e o impacto da obra na mobilidade urbana e na comunidade local.
 
A vereadora eleita denunciou a violência policial e a falta de respeito à sua atuação como representante do povo. "Tive um estirão, comprometeram minha coxa esquerda", afirmou Falzoni, indignada com a ação dos GCMs. Ela também criticou a postura da prefeitura, que considera a obra essencial para melhorar a fluidez do trânsito na região.
 
O caso gerou grande repercussão na mídia e nas redes sociais, com diversos cidadãos e entidades manifestando repúdio à violência policial e ao descaso com o meio ambiente. A situação levanta questionamentos sobre a prioridade da prefeitura em relação ao desenvolvimento urbano e a necessidade de garantir a segurança e o bem-estar da população.
 
A prefeitura, por sua vez, defende a obra como uma solução para o congestionamento na região, alegando que a construção do túnel beneficiará mais de 800 mil pessoas. A administração municipal também afirma que a obra respeita todas as exigências ambientais e que a supressão de 172 árvores foi autorizada pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

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