A Polícia Civil de Alagoas prendeu Albino Santos de Lima, 42 anos, em setembro, suspeito de ser o maior assassino em série do estado. Ele é acusado de dez homicídios, com vítimas predominantemente mulheres e jovens, cometidos em Maceió durante um período de um ano. As investigações revelaram que Lima, ex-segurança penitenciário, possuía um modus operandi peculiar e assustador, utilizando um tipo específico de munição para perfurar suas vítimas.

 
A investigação se iniciou após a identificação do padrão nas mortes, com todas as vítimas apresentando perfurações semelhantes. A partir de imagens de câmeras de segurança, a polícia chegou até a casa de Lima, que confessou os crimes. Em depoimento, ele detalhou seus métodos, revelando que monitorava suas vítimas nas redes sociais, planejando seus assassinatos com frieza. Após os crimes, Lima visitava os túmulos das vítimas, tirando fotos e vídeos, debochando de seus atos.
 
A polícia encontrou no celular de Lima uma lista com nomes de potenciais alvos, além de um calendário com datas marcadas para os assassinatos. A arma do crime, uma pistola calibre 380, também foi apreendida. A vítima mais recente de Lima foi Ana Beatriz dos Santos, 13 anos, assassinada em agosto enquanto caminhava com sua irmã. A mãe da adolescente, Helyzabethe Bezerra Santos, desabafou sobre a dor da perda e a crueldade do crime.
 
Albino Santos de Lima foi indiciado por homicídio qualificado em três dos crimes. A polícia reabrirá inquéritos antigos para investigar sua possível participação em outros homicídios ocorridos desde 2019. O caso chocou o estado de Alagoas, despertando medo e indignação. A prisão de Lima representa um alívio para as famílias das vítimas, mas a investigação continua em busca de justiça e esclarecimento dos crimes.