Um episódio de violência policial gerou repercussão no Distrito Federal, onde o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou a abertura de um inquérito e o afastamento de um policial militar que agrediu um motociclista. O incidente ocorreu na manhã de sábado (24/11) na Estrutural, durante uma abordagem em que o policial desferiu um tapa na cara do jovem de 21 anos.
Segundo relatos, o motociclista teve sua moto apreendida devido a débitos pendentes. Ele questionou os policiais sobre o destino do veículo e as multas que teria que pagar. Em resposta, o policial agiu de forma agressiva, levando o motociclista a se sentir humilhado e desrespeitado. “Levei um tapa na cara na frente da minha comunidade. Estou totalmente humilhado”, declarou o jovem, que se considerou vítima de abuso de autoridade.
Após a agressão, o motociclista buscou registrar a ocorrência na 8ª Delegacia de Polícia, mas os agentes se recusaram a atendê-lo, sugerindo que o registro fosse feito online. Sua moto, que é essencial para seu trabalho, foi levada pelos policiais e, até o momento, seu paradeiro é desconhecido. A situação gerou indignação e chamou a atenção de defensores dos direitos civis.
A advogada do motociclista, Jéssica Marques, afirmou que a abordagem foi desproporcional e que seu cliente não tinha antecedentes criminais. Ela ressaltou que, caso houvesse alguma infração, a abordagem deveria ter sido feita de maneira a respeitar os direitos do cidadão, sem a necessidade de agressão física. A defesa planeja apresentar o caso à Corregedoria da PMDF e considerar ações cíveis.
A Polícia Militar do Distrito Federal se comprometeu a investigar o caso por meio de um procedimento disciplinar. Em nota, a PMDF afirmou que não tolera desvios de conduta entre seus integrantes e que todas as ocorrências devem ser registradas nas delegacias, conforme a legislação. O ocorrido levanta importantes questões sobre a conduta policial e a proteção dos direitos dos cidadãos.
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