Na tarde da última terça-feira, 19 de novembro, um incidente grave ocorreu no Pavilhão de Aulas do Canela (PAC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), envolvendo uma briga entre alunos que rapidamente se transformou em um ato de agressão física, além de ofensas racistas e transfóbicas. O desentendimento teve início em um Ponto de Distribuição de Alimentos da universidade, onde a falta de fichas para refeições gerou tensões entre os estudantes.
Segundo testemunhas, a situação escalou quando uma aluna, insatisfeita com a distribuição, começou a proferir xingamentos dirigidos a outros estudantes. A vice-secretária de Organização do Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFBA), Maria Costa, relatou que a agressora fez comentários depreciativos, alegando que os estudantes bolsistas se "alimentam de migalhas" e disparando injúrias raciais. Esse tipo de comportamento desencadeou uma reação, com uma das alunas avançando para confrontar a acusada.
O conflito foi rapidamente contido por um segurança e outros presentes, mas não sem antes que a aluna fosse empurrada e jogada no chão. Além das ofensas raciais, uma estudante transexual também foi alvo de comentários transfóbicos, demonstrando a gravidade das agressões ocorridas. O DCE, juntamente com as vítimas e representantes da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (Proae), registrou a ocorrência na delegacia.
A UFBA se pronunciou sobre o episódio, expressando sua preocupação e lamentação. Em nota, a administração do PAC e o vigilante presente atuaram para conter a situação e encaminhar os envolvidos às autoridades competentes. A universidade reafirmou seu compromisso com a diversidade e a inclusão, destacando que toda manifestação de intolerância e violência será rigorosamente apurada.
Após investigação, a UFBA informou que os indivíduos envolvidos estão sujeitos a punições conforme as normas institucionais e a legislação em vigor. O incidente serve como um alerta para a necessidade de promover um ambiente seguro e respeitoso no espaço acadêmico, onde todos os estudantes devem se sentir valorizados e protegidos. A universidade reforçou que denúncias podem ser feitas pelos canais institucionais, assegurando o direito de defesa de todos os envolvidos.
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