A morte brutal da cantora e ex-candidata a vereadora Santrosa, uma mulher trans, chocou Sinop (MT) no último domingo (10).  A jovem de 27 anos foi encontrada morta e decapitada, com as mãos amarradas, em um crime que, segundo as investigações, teria sido cometido por membros do Comando Vermelho. A polícia suspeita que a execução tenha sido motivada por uma combinação de fatores: a venda de drogas sintéticas sem autorização da facção e a "fofoca" da vítima contra o grupo criminoso.

 
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Santrosa estaria comercializando drogas sem a permissão do Comando Vermelho, gerando um atrito com a organização criminosa. Além disso, a vítima teria se tornado um "alvo" por falar demais sobre a facção, o que teria irritado os criminosos.  A casa de Santrosa foi invadida para o sequestro e parte da droga foi levada pelos criminosos.  A polícia acredita que a decapitação tenha sido uma forma de enviar uma mensagem de terror aos demais envolvidos no tráfico de drogas na região.
 
A morte de Santrosa gerou comoção e revolta na comunidade LGBTQIA+ de Sinop. A cantora era conhecida por sua voz potente e por sua militância em prol dos direitos da comunidade.  Ela havia participado da eleição de 2024 como candidata a vereadora pelo PSDB, terminando como suplente.  A perda de Santrosa representa um golpe para a comunidade LGBTQIA+ e para a sociedade como um todo, que luta contra a violência e a discriminação.
 
A Polícia Militar intensificou o policiamento na zona rural de Sinop em busca dos autores do crime.  O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica ainda não foi liberado, mas as investigações seguem em andamento.  O caso de Santrosa destaca a violência contra a comunidade LGBTQIA+ e o controle do tráfico de drogas por facções criminosas.  As autoridades esperam que a investigação traga justiça para a vítima e seus familiares.
 
A morte de Santrosa serve como um triste lembrete da realidade da violência que assola o país, especialmente em relação à comunidade LGBTQIA+ e ao tráfico de drogas.  É fundamental que as autoridades intensifiquem as ações de combate ao crime organizado e de proteção aos grupos vulneráveis, para que casos como esse não se repitam.