A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu preventivamente o médico André Lorscheitter Baptista, de 48 anos, em Canoas, por suspeita de feminicídio. A investigação aponta que o médico teria usado seus conhecimentos para dopar a esposa com Zolpidem, um medicamento controlado, misturado ao sorvete. Após a vítima ter ingressado em sono profundo, Baptista teria administrado Midazolam, uma medicação de uso exclusivo do serviço de emergência, que causou a morte.
 
A família da vítima, desconfiada da morte, solicitou a autópsia, que revelou a presença de medicamentos controlados no corpo da mulher. A investigação também encontrou diversas provas no local do crime, incluindo a mochila do suspeito com os medicamentos e uma gaze com o sangue da vítima. Baptista teria tentado forjar a morte natural da esposa, alegando que ela havia morrido de um infarto agudo do miocárdio.
 
Em depoimento, o médico apresentou argumentos inconsistentes, como o de que teria as substâncias para ensinar outros médicos, apesar de não dar aulas. A investigação ainda apura como Baptista conseguiu desviar as medicações do SAMU. A família da vítima, que relata que o médico tentou realizar um aborto na esposa durante a gravidez, está sob os cuidados de familiares.