Um escândalo de corrupção abalou a Polícia Militar do Tocantins, expondo um esquema de venda ilegal de veículos apreendidos em quartéis da corporação. Três policiais militares, um major, um tenente e um sargento, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por se apropriarem e venderem nove carros e 30 motocicletas que estavam sob custódia da PM. A investigação revelou que os veículos eram retirados dos pátios das unidades militares e levados para ferros-velhos, sendo vendidos por valores irrisórios, como R$ 10 mil por um carro considerado sucata.
O esquema criminoso funcionava com a participação de receptadores que adquiriam as motos por R$ 1 mil cada e as revendiam por valores entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil após a realização de manutenções. Parte do dinheiro obtido com as vendas era repassada aos policiais militares envolvidos. A investigação também apontou que, em pelo menos dois destacamentos da PM, os documentos de controle dos veículos apreendidos foram extraviados, o que dificultava o rastreamento da origem dos veículos.
A denúncia do MPE foi aceita pela Vara da Justiça Militar em Palmas, onde o caso está tramitando na forma de Ação Penal Militar. Os três policiais militares denunciados respondem pelos crimes de peculato, extravio e integrar organização criminosa. Se condenados nas penas máximas, podem pegar cerca de 30 anos de prisão. A Polícia Militar do Tocantins, por sua vez, informou que está em processo de levantamento das informações sobre o caso.
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