Marcos Paulo da Silva, conhecido como "Lúcifer", é uma das figuras mais temidas do sistema prisional brasileiro. Aos 46 anos, ele acumula uma longa lista de crimes brutais cometidos dentro das penitenciárias de São Paulo. Diagnosticado com psicose e transtorno de personalidade antissocial, Marcos Paulo já confessou o assassinato de 50 detentos, todos membros de facções criminosas.

Marcos Paulo foi preso pela primeira vez em 1995, aos 18 anos, por furto e roubo. Dentro da prisão, ele rapidamente se destacou pela violência extrema e se tornou membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). No entanto, em 2013, ele rompeu com a facção, alegando que o grupo havia se desviado de seus objetivos iniciais. Esse rompimento deu início a uma série de assassinatos dentro das prisões, com Marcos Paulo formando sua própria facção, a "Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho".

Os métodos de Marcos Paulo são particularmente cruéis. Ele é conhecido por degolar suas vítimas e retirar suas vísceras, deixando mensagens escritas com o sangue dos mortos nas paredes das celas. Um dos casos mais chocantes ocorreu em 2011, na Penitenciária de Serra Azul, onde cinco detentos foram assassinados de maneira semelhante. Esses atos de violência extrema levaram as autoridades a transferi-lo frequentemente entre diferentes unidades prisionais como medida de segurança.

Atualmente, Marcos Paulo cumpre uma pena de 217 anos e três meses de prisão. Ele vive isolado em uma cela na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, em São Paulo. Em uma audiência recente, ele afirmou que, apesar de estar fisicamente preso, se considera espiritualmente livre. Sua história e seus crimes continuam a ser um símbolo do terror dentro do sistema prisional brasileiro, levantando questões sobre a segurança e a gestão das penitenciárias no país.