Um casal de Belo Horizonte está enfrentando dificuldades para registrar o nome do filho recém-nascido devido a uma decisão judicial. Catarina Prímola e Danillo Prímola, pais do bebê, escolheram o nome Piiê em homenagem ao primeiro faraó negro do Egito. No entanto, o cartório e a Justiça de Minas Gerais barraram o registro, alegando que o nome poderia expor a criança ao ridículo e ao bullying.


O bebê nasceu no dia 31 de agosto e, desde então, está sem certidão de nascimento. A juíza responsável pelo caso argumentou que o nome Piiê é semelhante ao passo de ballet "plié", o que poderia causar constrangimento futuro para a criança. A família, no entanto, defende a escolha do nome como uma forma de valorizar a herança cultural africana e está buscando reverter a decisão judicial.

Catarina e Danillo explicaram que conheceram o nome Piiê através de um enredo de carnaval da Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova, onde Danillo atua como coreógrafo. Eles se encantaram com a história do faraó núbio que conquistou o Egito e decidiram homenageá-lo ao batizar o filho. "É importante para ele saber que nossa herança é de reis e rainhas africanas", afirmou Catarina.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais, onde muitos internautas expressaram apoio à família. O Ministério Público de Minas Gerais entrou no caso e está tentando mediar um acordo com a Justiça para permitir o registro do nome. Enquanto isso, a família continua aguardando uma solução e espera que a decisão seja revista em breve.