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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que a celebração do Natal no país será antecipada para o dia 1º de outubro. A decisão foi comunicada na noite de segunda-feira (2) durante um programa de auditório que Maduro apresenta semanalmente. Segundo o presidente, a antecipação das festividades é uma "homenagem ao povo valente" e uma forma de trazer "paz, felicidade e segurança" em meio às dificuldades enfrentadas pelo país.
A medida, no entanto, não é inédita. Maduro já havia antecipado o Natal em anos anteriores, como em 2020, durante a pandemia de COVID-19, quando decretou que as comemorações começassem em 15 de outubro. Na ocasião, a antecipação foi justificada como uma tentativa de trazer alegria em tempos difíceis. Este ano, a decisão ocorre em um contexto de crise política, após as eleições presidenciais de julho, cuja legitimidade foi questionada pela oposição e pela comunidade internacional.
A antecipação do Natal também coincide com um momento de tensão no país. No mesmo dia do anúncio, o Ministério Público venezuelano, aliado do governo, obteve um mandado de prisão contra Edmundo González, candidato opositor que reivindica a vitória nas eleições de julho. González é acusado de crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral e falsificação de documentos oficiais. A oposição vê a medida como uma perseguição política.
A decisão de Maduro gerou diversas reações. Enquanto alguns apoiadores do governo celebram a antecipação das festividades como um gesto de carinho e reconhecimento, críticos argumentam que a medida é uma distração das questões políticas e econômicas urgentes que o país enfrenta. A Conferência Episcopal Venezuelana ainda não se pronunciou oficialmente sobre o decreto, mas a antecipação do Natal continua a ser um tema de debate acalorado nas redes sociais e na mídia.
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